LETRAS DE "EL CANTO DE LA CIUDAD"

EL CANTO DE LA CIUDAD

   
  1. O CANTO DA CIDADE
  2. BATUQUE
  3. VOCÊ NÃO ENTENDE NADA
  4. BANDIDOS DA AMÉRICA
  5. GERAÇÃO PERDIDA
  6. SÓ PRA TE MOSTRAR
  7. O MAIS BELO DOS BELOS
  8. ROSA NEGRA
  9. VEM MORAR COMIGO
  10. EXÓTICA DAS ARTES
  11. RIMAS IRMÃS
  12. MONUMENTO VIVO

 


 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O CANTO DA CIDADE
(Tote Gira e Daniela Mercury)

A cor dessa cidade sou eu
O canto dessa cidade é meu
O gueto, a rua, a fé
Eu vou andando a pé
Pela cidade bonita
O toque do afoxé
E a força, de onde vem?
Ninguém explica
Ela é bonita

Uô ô
Verdadeiro amor
Uô ô
Você vai onde eu vou

Não diga que não me quer
Não diga que não quer mais
Eu sou o silêncio da noite
O sol da manhã

Mil voltas o mundo tem
Mas tem um ponto final
Eu sou o primeiro que canto
Eu sou o carnaval

A cor dessa cidade sou eu
O canto dessa cidade é meu




 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


BATUQUE
(Rey Zulu - Genivaldo Evangelista)

Tá no batuque que balança nego
Tá no batuque que balança, ah

Ah,ah,
Pode me telefonar
Ah, ah,
Liga pra esse meu cantar

É um retrato fiel
É uma histórinha de amor
Meu reggae te balançou
Fazendo seu corpo vir dançar

Foi na metade do show
Quando eu parei, meu amor

Você pediu
Você pediu
O reggae que te conquistou

Tá no batuque que balança nego
Tá no batuque que balança, ah

Ah, ah,
Pode me telefonar
Ah, ah,
Liga pra esse meu cantar

Dançando reggae te admirei
Por seu sorrisso me apaixonei

Neném, marque que eu te encontrarei
Meu bem, diga se você não vem



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


VOCÊ NÃO ENTENDE NADA
(Caetano Veloso)


Quando eu chego em casa nada me consola
Você está sempre aflita
Lágrimas nos olhos de cortar cebola
Você está tão bonita
Você traz a Coca-cola eu tomo
Você bota a mesa
Eu como, eu como, eu como, eu como
Você
Você não está entendendo nada do que eu digo
Eu quero ir embora,
Eu quero dar um fora
E quero que você venha comigo
Todo dia, todo dia
E quero que você venha comigo
Eu me sento, eu fumo, eu como
Eu não aguento
Você está tão curtida
Eu quero tocar fogo nesse apartamento
Você não acredita
Traz o meu café com suita, eu tomo
Bota a sobremesa, eu como
Eu como, eu como, eu como, eu como,
Você
Tem que saber o que eu quero é correr muito
Correr comigo perigo
Eu quero ir embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo
Todo dia, todo dia
Traga a Coca-cola que eu tomo
Eu tomo
Bota a sobremesa, eu como


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



BANDIDOS DA AMÉRICA
(Jorge Portugal)


Abra os olhos
Encare a cidade
Inverta a verdade
Dessa vida

Abra os olhos
De sua metade
Pra outra metade
Sem saída

Abra os olhos
E assuma os enganos
De 500 anos, cara pálida
Abra os olhos
Que a fome te assalta
E a gente se mata pelos canos

Nós somos bandido da América
América
América
Roubamos 100 anos de solidão
Solidão
Solidão
Explodimos o sonho da África
O inconsciente da África
Dizendo não ao não

Salve a dor
Salvador
Salve a dor da América

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


GERAÇÃO PERDIDA
(Daniela Mercury - Ramon Cruz - Toni Augusto)


Artistas moviam a terra
Com seu choro e partiam
Nascíamos em anos intermináveis
Filhos de árvores cortadas
Fomos silêncio sem saber
A geração do nada
Que ressuscitou sem morrer

O leite derramado é vermelho
Como a cor dos nossos cabelos
Que dançam, que dançam

As drogas já são pálidas
As palavras sem prisão
As crianças mal criadas
Nascidas com a televisão

O leite derramado é vermelho
Como a cor dos nossos cabelos
Que dançam, que dançam

Geração perdida
Artistas, negros, mãe
Nossos mortos sem vida
A dor que ainda dói

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



SÓ PRA TE MOSTRAR
(Herbert Vianna)


Não quero nada
Que não tenha de nós dois
Não creio em nada
Do que eu conheci antes de te conhecer
Queria tanto te trazer aqui
Pra te mostrar pra te mostrar por que

Não há nada que ponha tudo em seu lugar
Eu sei
O meu lugar está aí

Não vejo nada,
Mesmo quando acendo a luz
Não creio em nada
Mesmo que me provem certo como que dois e dois
As plantas crescem em nosso jardim
Pra te mostrar, pra te mostrar porque

Não há nada que ponha tudo em seu lugar
E eu sei
O meu lugar está ai


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



O MAIS BELO DOS BELOS
(Guiguio - Valter Farias - Adailton Poesia)


Quem é que sobe a ladeira do Curuzu ?
E a coisa mais linda de se ver ?
É o Ilê Ayê
O mais belo dos belos
Sou eu, sou eu
Bata no peito mais forte
E diga: eu sou Ilê

Não me peque não, não, não
Me deixe à vontade
Deixe eu curtir o ilê
O charme da liberdade
Como é que é?
Deixe eu curtir o Ilê
O charme da liberdade

Quem não curte não sabe, negão
O que está perdendo
É tanta felicidade
O Ilê Ayê vem trazendo
18 anos de glória, não
São 18 dias
Nessa linda trajetória
No carnaval da Bahia

E a galera a dizer!
Não me pegue não, não, não
Me deixe à vontade
Não me pegue não, não, não
Me deixe à vontade
Deixe eu curtir o Ilê
O charme da Liberdade
Como é que é?
Deixe eu curtir o Ilê
O charme da liberdade

É tão hipnotizante, negão
O swing dessa banda
A minha beleza negra
Aqui é você quem manda
Vai exalar seu charme, vai
Para o mundo ver
Vem mostrar que você é
A Deusa Negra do Ilê
E a galera a dizer!

Não me pegue não, não, não
Me deixe à vontade
Não me pegue não, não, não
Me deixe à vontade
Deixe eu curtir o Ilê
O charme da liberdade
Deixe eu curtir o Ilê
O charme da liberdade

É sábado de carnaval, seu negão
Que tremendo zum, zum, zum
Ele está se preparando para subir o Curuzu
Quem não aguenta chora, não, não de tanta emoção

Deus teve o imenso prazer de criar
Essa perfeição
E a galera a dizer!

Não me pegue não, não, não
Me deixe à vontade
Não me pegue não, não, não
Me deixe à vontade
Deixe eu curtir o Ilê
O charme da liberdade
Como é que é?
Deixe eu curtir o Ilê
O charme da liberdade

Quem é que sobe a ladeira do Curuzu?
E a coisa mais linda de se ver?
É o Ilê Ayê
O Mais Belo Dos Belos
Sou eu, sou eu
Bata no peito mais forte
E diga: eu sou Ilê

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



ROSA NEGRA
(Jorge Xaréu)


Foi assim
Que eu te vi nos meus sonhos lindos

Lua em flor
Tua beleza é eterna, é
Teu corpo revela
Uma linha entre o céu e o mar
Ouve, ouve o Muzenza cantar

E lê lê lê
Lê lê
Lê lê lê lê
Lê lê lê lê lê

Fere, derrama
Teu seio em mim
Me leva pra junto dos Deuses
Oh, rosa tão linda de negros
No balançar do carmim

O ê
Ê a ô ê
Ê a ô ê
Ê a ô ê ê
Ê a ô u ô u ô u ô u ô u ô


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



VEN MORAR COMIGO
(Daniela Mercury - Durval Lelys)


O vazio do quarto
É o avesso da festa
O avesso do vício
De te namorar

Já faz tanto tempo
Que amo sem pressa
Que o nosso destino
Não pode mudar

Vou sair por aí
Meu amor vamos nessa
Que o tempo
Não espera
A vida passar

Vem, vem morar comigo
Vem, tudo é permitido

Não adianta mudar
Ah, ah


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



EXÓTICA DAS ARTES
(Armandinho Macedo e Edmundo Caroso)


Eu vou afinar meu instrumento
Pelo seu beijo no calor do meu ouvido
Vamos inventar um passatempo
Fazer amor perto de todos os sentidos

Geme a metaleira quando sente
Que vai no vento o turbilhão do improviso
Quem cai nessa dança para sempre
Tocou pandeiro no quintal do paraíso

Exótica das artes
O nosso amor selvagem
Acende os refletores
Quando arde

Finge que não gosta de cinema
Pra começar comer pipoca no teatro
Quando me filmou lá na cantina
Se revelou e o meu amor ficou de quatro

Linda não combina com bandido
Você só rima com o verso mais bonito
Fica no meu corpo que eu preciso
Fazer amor perto de todos os sentidos

Exótica das artes
O nosso amor selvagem
Acende os refletores
Quando arde

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



RIMAS IRMÃS
(Carlinhos Brown)

O dia mandou o barco pesqueiro
Trazer nó a nó na ponta do remo
Diz sério de longe
Rasgamos os panos
Sem você dizer
Te quero no sonho

Vem pra cá
vem pra lá
Rimas
Vem pra cá
vem pra lá
Irmãs

Pina cadê Zezé chama
Por cima vou ver alabê chegar
Siga, arreia a lata, siga
Coringa, vou ver a gata cativa

Vem pra cá, vem pra lá
Vem pra cá, vem pra lá
Rimas
Vem pra cá, vem pra lá
Vem pra cá, vem pra lá
Irmãs

Chega de manga e moringa
Debaixo do braço
No casco farinha seca
E calção de saco
Pititinga barbeia a barba dos ingratos
Me xinga, uma gata jamais livra

Casa de bambu tchê tchê
A pedra amolada agê
Assim não tem fim
Assim não tem fim
Vou lá te ver
Te ver ali

A cachaça no pé do balcão
Bafafá sobre o colchão
A cachaça no pé do balcão
E ver cada passo que passa a paixão


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



MONUMENTO VIVO
(Moraes Moreira e Davi Moraes)

Lá aonde está tua estátua
O nosso amor se completa
Dor e prazer tem de sobra
Poeta

A luz pela praça se espalha
E a sombra da mão se projeta
Dar e receber é tua obra
Poeta

Lá onde está tua estátua
E o monumento está vivo
Todo momento é motivo
De festa

Lá só o amor lhe prometo
Toda noite, todo dia
Meu preto, meu amuleto
Meu gueto, minha Bahia

Paz, tô querendo paz
Tô querendo é mais
Esquecer a mágoa
Ô ô ô ô
Que calor que faz
Que calor que faz
Tô querendo água

Água, água, água
Pra matar a sede dessa multidão
Água, água, água
Pra lavar a alma e o coração